Viajar pelo mundo dos sabores caminhenses é uma descoberta irrecusável. A dieta alimentar reflecte o interior e o litoral, abrindo um vasto leque de opções gastronómicas.
Nas freguesias do litoral, a proximidade com o mar e os rios faz emergir o peixe fresco e saboroso. A actividade piscatória, desenvolvida ao longo dos anos, apurou técnicas e garantiu várias as principais espécies de peixe, nomeadamente: truta, salmão, sável, robalo, linguado, sardinha, solhas, entre outros, são algumas das especialidades mais utilizadas na culinária local, mas não só.
Caldeirada de peixe à Tio Feito
Peixes diversos – ½ kg de congro, raia, tamboril, ruivo, feiticeiras, tremelicosas; fígado e buchos de tamboril, chocos e ovas de badejo e pescada; batatas, pimentos, tomate, cebola, olho, vinho branco verde, colorau, pimenta branca, banha de porco, azeite, sal, salsa, loura, e aguardente velha.
Amanham-se todos os peixes, cortam-se em postas, lavam-se muito bem e salpicam-se de sal.
Depois de todos estes produtos preparados, colocam-se alternadamente dentro da caldeira (tacho), havendo o cuidado de a primeira e última camada serem de cebola.
Todos os produtos são colocados no tacho em cru e só depois de estarem as camadas feitas é que vai ao lume.
Ao fim de 10 minutos de cozedura regar com o vinho branco verde.
Deixar cozinhar por mais 45 minutos, tendo o cuidado de dar umas voltas ao tacho.
Arroz de Lampreia:
1 lampreia, 2 cebolas, 2 dl de azeite, 1 ramo de salsa, 1 dl de vinho branco, ½ chouriço de carne, sal, pimenta, 400g de arroz
Prepara-se a lampreia, corta-se em bocados e tempera-se com o vinho branco, a salsa, sal e pimenta.
Faz-se um refogado, pouco puxado, com a cebola e o azeite. Introduz-se a lampreia neste refogado juntamente com o sangue, a salsa e o vinho que serviram para a temperar. Adiciona-se um pouco mais de pimenta e o chouriço cortado às rodelas e deixe-se refogar.
Retiram-se os bocados de lampreia e acrescenta-se a calda com água. Esta deve ser em quantidade que perfaça cinco a Seia vezes o volume do arroz. Rectifica-se o paladar da calda, deixa-se levantar fervura e junta-se o arroz escolhido mas sem ser lavado.
Depois do arroz cozido, o que leva cerca de 20 minutos, introduzem-se os bocados de lampreia e serve-se o arroz imediatamente.
Lampreia a Bordalesa
Cabrito estufado moda da Serra D'Arga
Vinha de alho:
Parte-se o cabrito em pedaços. Faz-se a vinha de alho com vinho branco, sal, alho, pimenta doce, pimenta picante, pimenta branca e loureiro. Mete-se o cabrito dentro e fica assim durante 24 horas. A vinha de alho tem de cobrir o cabrito por completo.
Preparação para o estufado:
Numa panela baixa e larga deita-se cebola picada, alhos picados, loureiro, pimenta doce, pimenta branca, sal, vinho branco e banha de porco. Leva-se a estufar em lume brando para que a carne fique mais suculenta. (o vinho branco da vinha de alho, não serve para o estufado; a calda da vinha de alho não se reutiliza.
Solhas secas à moda de Lanhelas
Amanham-se e limpam-se as solhas: salgam-se com bastante sal e colocam-se durante duas horas, aproximadamente. Atam-se aos pares de forma a poderem ser colocadas no pau do fumeiro. Defumam-se lentamente durante dois dias.
· Cozidas:
Cozem-se as solhas com as batatas e as cebolas; depois de cozidas servem-se numa travessa bem regadas com um bom fio de azeite e vinagre a gosto.
· Passadas na sertã:
Põe-se a sertã com óleo ao lume e logo que esta esteja bem quente, passam-se rapidamente as solhas de um lado para o outro.
Servem-se bem quentes e com bastante alho.
Assim, são servidas na Festa das Solhas, em Lanhelas, constituindo esta receita a forma mais tradicional.
Os Caminhenses
Os Mokas
Arroz doce:
Aletria:
Mel da Serra D'Arga
Enchidos:
Broa:
Polvo à moda do Lagar do Carvalhas de Dem:
Cozido à moda da Serra D'Arga:
Aletria:
Mel da Serra D'Arga
Enchidos:
Broa:
Polvo à moda do Lagar do Carvalhas de Dem:
Cozido à moda da Serra D'Arga: