sexta-feira, 10 de junho de 2011

As 7 Maravilhas do Concelho de Caminha



O concelho de Caminha não deixa ninguém indiferente, pois é detentor de um vasto património que em tudo é apelativo aos turistas.
Tendo em conta todo o património natural e paisagístico, o concelho é enriquecido por uma vegetação exuberante, praias espectaculares de águas cristalinas e pacíficas juntamente com miradouros de onde se pode observar todo a beleza natural que o envolve.
No que diz respeito ao património arquitectónico e religioso, este é um livro aberto cheio de vestígios artísticos, religiosos ou civis que mantém viva toda a História deste concelho.
Salienta-se ainda a variadíssima gastronomia, fruto dos sabores que emanam do nosso mar, rio e terra.
Das mãos dos nossos artesãos caminhenses nasce um artesanato que reflecte a cultura desta população e mantém viva toda a tradição deste povo amável, trabalhador e hospitaleiro.
Enfim, Caminha é um concelho grandioso e esplêndido à espera de quem o deseja descobrir, conhecer e divulgar.
Com o objectivo contribuir para a promoção e divulgação de todo o património que caracteriza Caminha, um grupo de estudantes da Escola E.B. 2,3/S de Caminha, do 12º ano, da turma B, levou a cabo, ao longo de todo o ano lectivo, uma votação que decorreu quer online, via facebook e blogue, quer na sua própria escola, para seleccionar aquilo que melhor representa este concelho. Desta forma, neste pequeno livro apresentaremos o fruto dessa votação a que chamamos, simbolicamente, “As 7 maravilhas de Caminha”.

Forte da Ínsua

O Forte da Ínsua é rodeado pelo mar e localiza-se ao largo da famosa praia de Moledo, estando classificado como monumento nacional desde 1910. O ilhéu que acolhe a fortaleza foi inicialmente ocupado por uma comunidade franciscana, no século XIV, altura em que se construiu o convento de Santa Maria da Ínsua. Também deste período deverá datar a primeira fortaleza. Mas o forte, tal como hoje o conhecemos, data do século XVII, do reinado de D. João IV. A sua planta desenvolve-se em estrela irregular, com cinco baluartes e revelim, e alberga no interior o convento franciscano, ampliado em 1676. Em 1949 foi entregue ao Ministério das Finanças.

Praia de Moledo

A Praia de Moledo do Minho é uma das imagens de marca do Concelho de Caminha, sendo muito frequentada uma vez que oferece todas as condições para gozar a época balnear em pleno.
Esta belíssima e agradável praia é uma das mais procuradas da região Norte, recebendo gente oriunda de todo o país, atraída pelos extensos areais e pelo mar, bem como pelas qualidades terapêuticas atribuídas à grande qualidade de iodo aí existente.
Para além da formosura natural, esta praia é bastante adequada e procurada para a prática de desportos náuticos.

Serra D' Arga


Situada entre os Rios Lima e Minho, a Serra D’ Arga é dona de uma inestimável riqueza natural e humana, esta serra tem a beleza rude das pedras e da natureza imaculada.
Na serra podem apreciar-se campos férteis, águas puras, frescas e cristalinas, regos, quedas de água, piscinas naturais, encostas verdejantes, rebanhos de ovelhas e cabras, animais selvagens (coelhos, javalis, raposas e cavalos) e botânica variada – pinheiros mansos e bravos, carvalhos, castanheiros e cedros.

Igreja Matriz

A Igreja Matriz, monumento nacional desde 1910, teve, provavelmente, duas fases de construcção, a primeira das quais iniciada em 1428 e a segunda em 1488, durante o reinado de D.João II. A sua construcção demorou cerca de 60 anos e foi terminada já no reinado de D.Manuel I.
A porta principal, destacando-se pela sua decoração, é de arquivolta e está enquadrada por um alfiz com desenhos platerescos – grotescos e arabescos – e protegida por dois gigantes que seccionam a fachada em três panos, terminando em coruchéus. Sobre esta encontra-se um friso com animais fantásticos em relevo e uma rosácea.
O portal do lado sul apresenta uma porta arqueada com o mesmo tipo de decoração da principal, contendo as imagens de S. Pedro, S. Paulo, S. Lucas e S. Marcos.
No interior, a estrutura é toda ela de estilo gótico nacionalizado atribuído às ordens mendicantes (franciscanos e dominicanos), patente na sua tipologia de três naves. Estas são separadas por arcos inteiros, suportados por colunas com capitéis e plintos góticos e cobertas por tectos de madeira , datados de 1565, à excepção da capela-mor e absidíolas que são em pedra de feição gótica.

Cabrito à moda da Serra D'Arga

O Cabrito à moda da Serra D’ Arga fruto da agricultura da Serra é um dos pratos mais apreciados.
Receita:
Vinha de alho:
Parte-se o cabrito aos pedaços. Faz-se a vinha de alho com vinho branco, sal, alho, pimenta doce, pimenta picante, pimenta branca e loureiro. Mete-se o cabrito dentro e fica assim durante 24 horas. A vinha de alho tem de cobrir o cabrito por completo.
Preparação para o estufado:
Numa panela baixa e larga deita-se cebola picada, alhos picados, loureiro, pimenta doce, pimenta branca, sal, vinho branco e banha de porco. Leva-se a estufar em lume brando para que a carne fique mais suculenta. Atenção: o vinho branco da vinha de alho, não serve para o estufado; a calda da vinha de alho não se reutiliza.

Broa - Pão de Milho
A Broa, tradicionalmente conhecida como Pão de Milho, foi bastante apreciada por todos no passado, mas, no entanto continua bem vivo no presente o seu agradável sabor. Com chouriço ou simples não nos deixa em nada indiferentes, uma vez que é uma verdadeira delícia.

Trajes e Rodilhas Regionais


A beleza e a graciosidade dos trajes e rodilhas minhotas devem-se, em grande parte, aos seus magníficos bordados.
Na freguesia de Dem, esta arte mantém um saudável dinamismo. Grupos de mulheres dedicam boa parte do seu tempo a bordar os trajes que dão cor e alegria ao nosso folclore. Nas camisas, nas saias, nos aventais, nos coletes e nas algibeiras, reina a policromia. O vermelho, o preto, o azul ou o verde, são as cores que predominam nas vestes tipicamente minhotas. As saias são tecidas no tear, com lã de ovelha pintada. Os aventais são bordados com o ponto fada do lar e os coletes com linha de algodão e lantejoulas.
Como trajes característicos há a destacar os “fatos” de trabalho, de domingar, da feira, à lavradeira (da moda, de luxo, da festa), “fato” de dó, meia senhora, mordoma e de noiva.
Requintados e pormenorizados, ricos de tear e de enfeites bordados, são testemunhos vivos dos usos e costumes dos nossos antepassados.